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Os Centros de Documentação Popular estão se proliferando por todo o país, voltados basicamente para as periferias dos grandes centros urbanos. Seus objetivos, aqui apresentados rapidamente, estão direcionados, em geral, para os seguintes pontos: recolher, […]
Os Centros de Documentação Popular estão se proliferando por todo o país, voltados basicamente para as periferias dos grandes centros urbanos. Seus objetivos, aqui apresentados rapidamente, estão direcionados, em geral, para os seguintes pontos:
Outros objetivos, em especial os políticos, poderiam ser aqui abordados, mas são óbvios demais para merecerem descrições mais detalhadas.
A criação dos Centros de Documentação Popular, parece-nos, foi motivada pela necessidade de uma reação da população, frente aos mecanismos de poder das classes dominantes. A informação, por exemplo, é fator de poder e está, hoje, sendo usada como forma de opressão, reproduzindo um sistema que procura a sustentação daqueles que já detêm as rédeas do poder. Por outro lado, essa mesma informação, dialeticamente, também contribui para alterações na situação vigente, passando a ser arma das classes populares que dela se utilizam, quando decodificada e assimilada dentro da linguagem da comunidade, como suporte de suas reivindicações.
Os trabalhos, assim, estão voltados para a necessidade de documentar as experiências e a cultura das classes populares (embora isto seja redundante), bem como alimentá-las com as informações que servirão de suporte dos movimentos organizados surgidos dentro delas.
Alguns pressupostos são básicos:
As especificidades de cada grupo não impedem que exista contato, embora não necessariamente formalizados e periódicos, entre os vários Centros. A cultura popular possui, obviamente, pontos comuns, dentro dos vários grupos, que devem servir como parâmetros para análises e estudos advindos, principalmente, do próprio interior da comunidade.
O surgimento de vários Centros de Documentação Popular, não só no Brasil, mas em praticamente todos os países latino-americanos, talvez possa ser entendido como uma reação das camadas populares, culturalmente – já que suas atividades não estão resumidas a reivindicações apenas econômicas –, ao que Barbero chama de transnacionalização. Na medida em que, além do econômico, a internacionalização de um modelo político concretiza-se com grande força nesses países, uma reação mais global, embora ainda não coordenada e sistematizada, se faz presente, na tentativa de uma defesa mais organizada.
(Palestra proferida em 1989)
(Publicado originalmente em: ALMEIDA JUNIOR, Oswaldo Francisco de. Sociedade e Biblioteconomia. São Paulo: Polis, 1997)
Por Oswaldo Francisco de Almeida Júnior
Fonte: INFOhome